AS COISAS SÃO ASSIM...

Quando eu era criança passava algumas noites na varanda de minha casa olhando as estrelas, astros, a lua ... tentava sem sucesso ver constelações, e em noites de lua ver o céu, ou como muitos dizer, “o outro lado”.
Inocentemente torcia para que uma estrela cai-se em meu quintal, então brincaria com ela e tudo mais como vi uma vez na revistinha da Mônica... bem, nem uma estrela caiu, por mais que eu pedi-se e chora-se por isso.
E assim passava algumas horas da noite, brincando em minha imaginação fértil. Era legal!
Na medida em que fui crescendo, interessando-me e entendendo cada vez mais o universo e a constituição química do sol fiquei aliviada por ninguém ter atendido minhas preces e estrela nem uma jamais ter caído em meus braços.
Com o pouco de conhecimento que fui adquirindo em quando crescia já foi o suficiente para que como um ser humano na sua forma mais nua e mais crua eu começasse a me preocupar, me preocupar com tudo. E aquela inocente paz que eu costumava sentir ao olhar as estrelas sem saber nada sobre elas, apenas que eram pequenos pontos que brilhavam e enfeitavam o céu em noites de calmaria, bem, aquela paz, foi tornando-se cada vez mais e mais rara.
Espero que não suma completamente um dia, mas não posso evitar.