Artigo III- Processo civilizatório

“A palavra civilização descreve a soma integral
das realizações e regulamentos que distinguem
nossas vidas das de nossos antepassados
animais, e que servem a dois intuitos, a
saber: o de proteger os homens contra a natureza
e o de ajustar os seus relacionamentos mútuos.” (Freud)

Os conceitos da vida e do mundo chamados “modernos” são formados de fatores religiosos e éticos herdados. Nesta definição ...“para melhor compreender um homem e seu pensamento, é necessário entender não só o momento em que ele viveu, como também a posição por ele assumida e o tempo que o precedeu” (Rosseau)
Nos anos 60, por exemplo, num contexto já pós-moderno, a ideologia já estava abrindo assas e começando a voar alto, algo inimaginável a algumas décadas atrás .E, é daí, que podemos compreender melhor a história da civilização mundial, pois tudo parte de ideologias de vida, conceitos do que é realmente certo ou realmente bom e necessário, outros exemplos podem ser o fascismo/nazismo, anarquismo/socialismo...idéias postas como verdade apoiadas por grupos do mundo todo através da ALIENAÇÃO!
Conforme as gerações mudam de forma alucinantemente rápida , e as ideologia também sofrem alterações, mudando por inteiro o modo de vida no mundo.
Voltando então, para o inicio da época pós-moderna, vive-se um momento de metamorfose critica , em proporções inimagináveis e sem ainda um final a vista. Pode-se dizer figurativamente, que vivencia-se o centro de um tornado, que tem levantado todas as coisas dos seus cômodos lugares. Quebrado sistemas, arrancado estruturas e mudado todo um modo de pensar da geração que vive no século dezenove.
Como conseqüência logicamente inevitável da revolução dessa década, como a descoberta do átomo, o animal humano concebeu nova compreenção de si mesmo. Passou o homem a ser visto cientificamente como outro animal apenas, mais altamente especializado que os outros animais, mas não necessariamente diferente. Muita coisa do que se considerava aparentemente “pensamento” era apenas manifestação de impulsos do ser humano. Inevitavelmente, surge a grande duvida sobre a antiga fé racionalista da tal “razão” ,sobre esta no século XIX atuava como pequena parte nos negócios humanos, ou seja, o comportamento humano era predominantemente irracional. Também ao mesmo tempo, essa descrição científica da irracionalidade do homem fornece uma ‘justificação’ para o novo tipo de anti intelectualismo na imaginação.


As certezas que se sucedem do pensamento clássico(racionalista) foram derrubadas, embora permaneçam como problemas sociais, econômicos e científicos, juntamente com formas novas de conflito e reivindicações concernentes à organização geopolítica e epistêmica do sistema ‘mundo contemporâneo’. O Ceticismo e a intelectualidade agora sim, dominavam e estavam a todo vapor em um trilho sem visão do horizonte!