Pois bem, continuo sem receber um telefonema, um e-mail, uma carta, um sinal de fumaça ou qualquer uma dessas coisas do mundo moderno.
A ideia de criar meu próprio mundinho alternativo não tem dado certo. Entendam, para isso preciso de extrema paz e silêncio, coisas nas quais já não lembro mais como são (ó mundo cruel).
Nesses últimos dias comecei a entender o quão ruim é ficar sozinha.
Não refiro-me ao fato de estar só na casa vazia ou algo assim.
Sabe, eu estava em casa assistindo pela milésima quadragésima vez, Romeu e Julieta de Shakespeare (só para variar um pouco de filme), quando minha mente teve um tipo de surto e rebobinou o filme da minha vida gravado pelos meus próprios olhos. Causou-me um embrulho do estômago. Como se todos os olhos do mundo voltassem-se para mim. Olhares tortos, olhares cansados, olhares tristes.... todos os olhares, e, todos destinados a me crucificar. todos.
Argh, o caso é... eu precisei de alguém, então pude ver, o quanto estou sozinha.
O resultado foi uma overdose de remédios. (ta ta, overdose talvez não seria a palavra certa.... continuando...)
Se eu tivesse um cachorro agora, o chutaria!
Já estou cheia da ideia imatura de deixar o vento mostrar a direção em que devo seguir.
Tenho ouvido o som da rua a noite, e ele parece não ter mais nada a me dizer.
Talvez se eu para-se de sonhar não sofreria tamanhas decepções. É incrível como nos sonhos as coisas são tão belas e ... incríveis.
Deve ser por isso que se chamam sonhos, não é?
aaaa, vou dormir (para variar também)